27 dezembro 2006

Amador sem coisa amada

Resolvi andar na rua
com os olhos postos no chão.
Quem me quiser que me chame
ou que me toque na mão.

Quando a angústia embaciar
de tédio os olhos vidrados,
olharei para os prédios altos,
para as telhas dos telhados.

Amador sem coisa amada,
aprendiz colegial.
Sou amador da existência,
não chego a profissional.

António Gedeão

1 comentário:

Anónimo disse...

Linda, a foto! Um casal de apaixonados nos ramos de um pinheiro de Vilamoura...