31 janeiro 2008

Ditadura por ditadura...

... preferia a outra. Já era professora, casada e estava grávida da terceira filha quando se deu o 25 de Abril. Sei, portanto, do que falo. A outra ditadura era assumida e cada um sabia com o que contava. Por outro lado, o outro ditador nunca se aproveitou do dinheiro dos nossos impostos para proveito próprio nem deixou que outros o fizessem. Com estes, não só não sabemos o que nos pode acontecer como todos enriquecem à nossa custa.
Vem isto a propósito da notícia que a SIC deu hoje no Jornal da Noite acerca do que aconteceu aos técnicos superiores da CCDR Centro que "tiveram a ousadia" de dar um parecer desfavorável ao traçado do TGV Alcobaça-Pombal. Uma vergonha que eu conheço desde o início porque um dos técnicos "saneado" é da minha família. Não só foi imediatamente afastado da Comissão de Estudo de Impacte Ambiental do TGV (logo antes da reunião onde ia apresentar o parecer), como já foi excluído de todo e qualquer estudo de Impacte Ambiental, área onde sempre trabalhou.
O Vice-presidente da CCDR Centro, Henrique Moura Maia, meteu os pés pelas mãos na tentativa frustrada de justificar o injustificável e, quando a SIC lhe perguntou o motivo pelo qual os técnicos foram afastados, respondeu com a mentira mais aceitável. "Questão de gestão interna". Este Senhor, Engenheiro Electrotécnico, elaborou, logo na altura, novo parecer favorável, que obviamente, foi aceite e serve agora para justificar as escolhas que estavam já tomadas.
Só me surge um comentário a esta situação toda - um nojo.
É esta a ditadura que temos. Quando se quer um parecer favorável, pede-se a quem o faça independentemente das suas qualificações para tal. O que interessa é que se faça, de uma maneira que pareça legal, tudo o que o grande chefe quer.
É por estas situações e por outras semelhantes, que o ambiente de trabalho em qualquer sector da função pública é, neste momento, de cortar à faca. E é, neste ambiente, que os donos do poder pedem a propalada produtividade.
Que Santa Bárbara os leve para onde não façam prejuízo, como se dizia antigamente a propósito das trovoadas.

28 janeiro 2008

Chegou o Natal!

O Lourenço veio hoje para casa. Agora já temos o menino Jesus com o Pai, a Mãe e a Irmã. E eu lá estive para a chegada do meu netinho a casa dele.
O pesadelo que começou no dia 4 de Novembro, acabou. A todos quantos me (nos) apoiaram nesta fase difícil, a todos os que torceram ou rezaram pelo Lourenço, o meu muito sentido "Obrigada".

27 janeiro 2008

Água


... em frente à Câmara de Matosinhos.

26 janeiro 2008

Relíquias do baú

O meu emblema do Instituto de Odivelas,

o emblema dos Transportes Aéreos da India Portuguesa

e o emblema da Mocidade Portuguesa.

25 janeiro 2008

Desassossego

Não simpatizo mesmo nada com o bastonário da Ordem dos Advogados. Mas o que ele veio dizer alto não é nem mais nem menos que aquilo que todos dizemos, que todos sabemos e que todos vemos. Nas autarquias, nas empresas onde são colocados os ex-ministros, nas obras públicas, e por aí fora. Só que a voz dele tem peso. O que me irrita é o desassossego com que os políticos ouviram as suas palavras. Como se fosse para eles uma novidade. Como se não fizessem a mínima ideia do que se passa. Um Governo que nos incentiva a “fazer queixa”, diz agora que é preciso que Marinho Pinto faça prova. Quando se mexe nos políticos, tudo é diferente. Até justifica reformas, como aconteceu com a da Justiça.
Correia de Campos continua a fazer os seus remendos da Saúde. Não é uma reforma porque ninguém conhece os objectivos, possivelmente nem o próprio Ministro. Os problemas graves sucedem-se mas como as vítimas não são políticos, é como se não existissem. São vítimas pontuais. Como se pode lidar assim com seres humanos com sentimentos, com família, com vida própria, com direitos e, ao fim do dia, deitar a cabeça na almofada e dormir.
Estofo de políticos…

24 janeiro 2008

António

(fotografia do jornal El País)
Adolfo Nicolás é o novo superior geral dos jesuitas. Muitos se juntaram na Igreja del Gesú, de Roma, onde Santo Inácio viveu os últimos anos da sus vida, para ouvir as primeiras palavras do homem eleito para guiar a maior ordem religiosa católica do século XXI. É com muito orgulho que eu vejo o meu sobrinho António ao lado do padre Adolfo Nicolás. Um beijo grande, António.

Candeeiro (25)

Foz do Douro

22 janeiro 2008

Nós por cá ficámos estupefactos

O "Nós por cá" da SIC, pegou num alfinete de gravata com um diamante e foi pedir a 6 avaliadores para avaliarem o dito diamante. As avaliações foram 4000 €, 600 €, 2000 €, 4000 €, 250 € e 7500 €. Ou seja o diamante vale entre 250 € e 7500 €. Diferença insignificante... Vá lá a gente entendê-los...
Eu não tinha dúvida nenhuma que investir em joias era mau negócio mas não pensei que fosse tão arriscado. Ainda bem que o Sócrates não dá hipótese de investir nem em berlindes!...

20 janeiro 2008

A Foz num dia de sol


Estas fotografias foram tiradas no dia 31 de Dezembro pelas 12 horas. Um dia de sol.
Possivelmente os Centros Comerciais estariam cheios... Gostos...

A espera continua

Afazeres e preocupações obrigaram-me a uma curta ausência.
Como nasceram duas gémeas que necessitavam cuidados da neonatologis e o serviço estava lotado, o Lourenço recebeu ordem de despejo. Agora está na pediatria onde os cuidados não são, obviamente, os mesmos e onde a possibilidade de apanhar infecções é maior. A Teresa e o Paulo têm arranjado maneira de estar sempre alguém com o Lourenço 24 h por dia. Não tem sido nada fácil.
O Lourenço ainda não aguenta sozinho todas as refeições por dia. Vai tendo uns dias com mais genica e outros com menos. A espera pelo sossego merecido continua.

16 janeiro 2008

Praça

Uma praça linda de uma terra linda, Oviedo. Cidade do País dos Filipes que nós corremos em 1640.
Para isto?!...
António Gedeão dedicou um poema divino ao segundo dos Filipes
Poema do fecho-éclair

Filipe II tinha um colar de oiro,
tinha um colar de oiro com pedras rubis.
Cingia a cintura com cinto de oiro,
com fivela de oiro,
olho de perdiz.

Comia num prato
de prata lavrada
girafa trufada,
rissóis de serpente.
O copo era um gomo
que em flor desabrocha,
de cristal de rocha
do mais transparente.

Andava nas salas
forradas de Arrás,
com panos por cima,
pela frente e por trás.
Tapetes flamengos,
combates de galos,
alões e podengos,
falcões e cavalos.

Dormia na cama
de prata maciça
com dossel de lhama
de franja roliça.
Na mesa do canto
vermelho damasco,
e a tíbia de um santo
guardada num frasco.

Foi dono da Terra,
foi senhor do Mundo,
nada lhe faltava,
Filipe Segundo.

Tinha oiro e prata,
pedras nunca vistas,
safiras, topázios,
rubis, ametistas.
Tinha tudo, tudo,
sem peso nem conta,
bragas de veludo,
peliças de lontra.
Um homem tão grande
tem tudo o que quer.

O que ele não tinha
era um fecho-éclair.

15 janeiro 2008

Desassossego

Neste desassossego vou exprimir por palavras a minha relação com as políticas que há 35 anos me andam a desassossegar.
O Inimigo Público disse, há dias, o que não aconteceu mas podia ter acontecido. Agora já aconteceu. O novo site do BCP é, a partir de hoje www.millenniumbcp.gov.pt. Sócrates já é dono de um banco privado.
Não tenho nada contra Cadilhe e Bagão Felix. Tenho-os como competentes e sérios. O mesmo não digo de Vara e do emergente Joe. Dos outros actores desta novela nojenta e inqualificável nem falo. O que todos eles querem, sei eu... (como dizia o anúncio). Mas detesto que me tomem por lorpa e os políticos, ou os pretendentes a tal, teimam em fazê-lo. É na Educação, na Saúde, na Justiça, no Ambiente,... e agora na Banca.
Chega! Estou farta!
Toda esta política é de sargeta, como dizia o outro. Claro que toda esta novela é política. Não é por acaso que Vitor Constâncio só agora se preocupou com o BCP. Não é por acaso que aparece o nome de Santos Ferreira como não é por acaso que Vara continua a singrar na vida. Nada é por acaso. Tudo correu como o planeado pelo grande chefe e agora o Estado tem dois bancos. No BCP não contem com um tostão de meu. Tive lá dinheiro até ao dia em que fui maltratada. Nenhuma empresa me maltrata duas vezes, desde que haja alternativa. E, em bancos, há dezenas de alternativas. Quanto à CGD, estou a tratar de cortar relações também. Ele há tanta instituição bancária!...
E por que carga de água um suspeito, que pode vir, ou não, a ser arguido, não pode fazer parte da Administração de um Banco privado (presume-se culpado) mas pode ocupar qualquer cargo político (presume-se inocente)?
Razão tinha o meu sábio Pai que dizia que só acreditava em democracia quando lhe provassem que num cesto com dez laranjas, nove podres e uma sã, as nove podres valem mais do que a sã.
Não perdoo a D. Afonso Henriques.

14 janeiro 2008

A recta final

O Lourenço, depois de um mês de avanços e recuos, meteu primeira e aí está ele a engordar a olhos vistos. Já pesa 1,668 kg. Já consegue mamar, sem se ir abaixo, três biberões por dia. Mais uns dias e está a comer como os "colegas" que nasceram com o tempo todo.
Este mês temos o Lourenço a entrar na casa dele para alegria dos Pais, da Irmã, dos Avós, dos inúmeros Tios e Primos e de todos os amigos, conhecidos e desconhecidos que há mais de um mês torcem por ele.

12 janeiro 2008

Vaidade

"Sonho que sou a Poetisa eleita,
Aquela que diz tudo e tudo sabe,
Que tem a inspiração pura e perfeita,
Que reune num verso a imensidade!

Sonho que um verso meu tem claridade
Para encher todo o mundo! E que deleita
Mesmo aqueles que morrem de saudade!
Mesmo os de alma profunda e insatisfeita!

Sonho que sou Alguém cá neste mundo...
Aquela de saber vasto e profundo,
Aos pés de quem a Terra anda curvada!

E quanto mais no cé eu vou sonhando,
E quanto mais no alto ando voando,
Acordo do meu sonho... E não sou nada!..."

Como Florbela Espanca, às vezes ainda tenho a veleidade de sonhar que sou alguém com o saber vasto e profundo, que a minha idade já permite ter, para poder para ajudar a resolver os problemas dos outros. Mas não é a Terra que se curva aos meus pés. Sou eu que me curvo perante a minha própria impotência para os ajudar. Pena que não seja sonho!... Ou que os problemas não sejam meus... Doiam menos.
Definitivamente o ser humano deveria possuir um "descomplicador".

11 janeiro 2008

Há sempre quem tenha razões para dizer VIVA!

Um menino regressa da escola cansado e faminto e pergunta à mãe:
- Mãe, que há para comer?
- Nada, meu filho.
O menino olha para o papagaio, que têm na gaiola, e pergunta:
- Mãe, porque não faz arroz de papagaio?
- Porque não há arroz.
- E papagaio no forno?
- Não há gás.
- E papagaio no grelhador eléctrico?
- Não há electricidade.

- E papagaio frito, mãe?
- Não há azeite, meu filho.
E o papagaio, feliz, gritou:
- Viva o Sócrates!!! Viva o Sócrates!!!

10 janeiro 2008

O Lourenço saiu da incubadora

Estou num sino. Acabo de chegar da neonatologia do Pedro Hispano. Fui aproveitar a minha oportunidade de ver o Lourenço em Janeiro. E... surpresa! O Lourenço saiu hoje da incubadora. Está numa caminha aquecida, já vestidinho e deitado num colchão de água. Um luxo que ele merece.
Já tem 1,500 kg. Agora só precisa de aprimorar a sucção e comer muito para engordar o suficiente para ir para casa. A Mafalda precisa de ter os Pais mais tempo em casa e de conhecer o irmão que tem lá um quartinho ainda por habitar.

09 janeiro 2008

9 de Janeiro

O Lourenço faz hoje um mês.
Estou certa que o meu Natal vai ser ainda em Janeiro.

05 janeiro 2008

Expressões

Encontrei este homem na Avenida Brasil e pedi-lhe previsões para 2008. Respondeu com esta expressão...

A pérgula da Foz


... que eu vejo escrito "pérgola" mas que nos meus dicionários é "pérgula"...

03 janeiro 2008

Zês até ao oceano

Este blog...

... rege-se pela lei dos casinos... há locais para fumadores.

Está na moda ser "fundamentalista do fumo". Não suporto fundamentalismos, carneirices e palhaçadas. Os mais fundamentalistas possivelmente não se deslocam a pé ou de transportes públicos. Prejudicam a saúde de todos com o fumo dos seus escapes e não pensam em sugerir que se imponham limitações à utilização dos automóveis. Não param para pensar que o fumo dos escapes não é menos inofensivo que o do tabaco dos outros. A poluição dos centros das grandes cidades é enorme. Não há preocupação alguma com qualquer tipo de poluição prejudicial para a saúde (e há tantas!) a não ser a dos cigarros. Haja coerência!
Os fumadores foram eleitos os responsáveis pela poluição perigosa. Não se pensa mais na poluição que cada um produz. Arranjaram-se bodes espiatórios. Ostracizam-se os fumadores. Consideram-se criminosos. A consciência fica tranquila... O resto não interessa. Haja paciência!

"Um cigarro encurta a vida em 2 minutos...
Uma garrafa de álcool encurta a vida em 4 minutos...
Um dia de trabalho encurta a vida em 8 horas!"

02 janeiro 2008

Indiferentes...

... ao facto de haver escolas com nomes de santos, as gaivotas passeiam-se na Foz...




Valha-nos Santo António!

Neste começo de ano, eu e tantos portugueses gostaríamos que os nossos governantes tivessem mais juízo. Mas Deus e os Seus Santos assim não o quiseram. As idiotices já começaram. Só falo de uma delas. Porque lhe achei piada. Não tenciono perder tempo com esta gente.
Maria de Lourdes Rodrigues não está preocupada com o sucesso educativo, nem com o logro que está a ser a implementação das Novas Oportunidades, nem com a enorme desmotivação que ela própria criou na classe docente, nem com a aberração que foi/é o acesso a professor titular, nem com a violência nas escolas, nem com as condições físicas das mesmas, nem com os diminutos conhecimentos com que os alunos terminam os seus estudos, nem com a estupidez que são os programas curriculares, nem com tanta e tanta coisa que vai muito mal na Educação. A preocupação desta senhora é com o nome das escolas.
Questionei-me. Será causa de tanta miséria na educação uma escola ter um nome de um santo? Causará traumas à comunidade em que se insere essa escola? Ou aos próprios alunos? Trará problemas para as contas públicas? E que fazer com a escola Padre Benjamim Salgado ou Padre Martins Capela? Não são santos mas são padres. Até podem vir a ser santos... E a Escola da Sé, como fica?
Apesar de tantas dúvidas, encontrei a justificação. Correia de Campos precisa dos santos todos para o novo hospital da capital que ele já anunciou com pompa e circunstância, como é da praxe. O Hospital de Todos os Santos.
Mas não temos com que nos preocupar. A Escola de S. Pedro será sempre a Escola de S. Pedro, a de S. Pedro da Cova será sempre a de S. Pedro da Cova e a de Santa Maria Maior será sempre a de Santa Maria Maior, apenas como exemplos.
Lembrei-me logo dos tempos do PREC em que a ponte Salazar foi renomeada como se Salazar deixasse de fazer parte da nossa história por isso e não tivesse sido no tempo dele que a dita ponte foi construída.
Valha-nos Santo António!

A espera


Neste mês que agora começa vou precisar de muita paciência. A espera assim o exige.