31 agosto 2007

Acabou...

A vida tem destas coisas. De um dia para o outro dá uma volta completa. Tive que encerrar um capítulo da minha vida profissional. Segunda-feira começa outro.
Foi um ano louco em que me confrontei com realidades novas. Foi bom ter aprendido coisas novas. Foi bom ter conhecido pessoas fabulosas, e ter feito amizades que resistem à distância espacial. Não vai ser fácil gerir a sua ausência diária. Ficam o telefone e o metro para matar saudades...
Tinha planos para o novo ano. Prometia ser excelente e as perspectivas de fazer uma nova amizade eram grandes.
Inicio um novo capítulo da minha vida com uma riqueza pessoal maior.

Um beijo a todos os amigos que me fazem ter saudades.

Fechou-se esta janela. Abrir-se-ão outras.

27 agosto 2007

Tranquilidade

As águas em Arcos de Valdevez...

24 agosto 2007

Y Uno Aprende

Después de un tiempo,
uno aprende la sutil diferencia
entre sostener una mano
y encadenar un alma,
y uno aprendeque el amor no significa acostarse
y una compañía no significa seguridad
y uno empieza a aprender...
Que los besos no son contratos
y los regalos no son promesas
y uno empieza a aceptar sus derrotas
con la cabeza alta
y los ojos abiertos
y uno aprende a construir
todos sus caminos en el hoy,
porque el terreno del mañana
es demasiado inseguro para planes...
y los futuros tienen una forma de caerse
en la mitad.
Y después de un tiempo
uno aprende que si es demasiado,
hasta el calorcito del sol quema.
Así que uno planta su propio jardín
y decora su propia alma,
en lugar de esperar a que alguien le traiga flores.
Y uno aprende que realmente puede aguantar,
que uno realmente es fuerte,
que uno realmente vale,
y uno aprende y aprende...
y con cada día uno aprende.

Jorge Luís Borges
Faz hoje muitos anos que nasceu, em Buenos Aires, Jorge Luís Borges.
Fica aqui a minha homenagem.

17 agosto 2007

Carlos Drummond de Andrade

Faz hoje 20 anos que morreu Carlos Drummond de Andrade. Aqui fica a minha homenagem nos dados biográficos feitos pelo próprio.

Dados biográficos

Mas que dizer do poeta
Numa prova escolar?
Que ele é meio pateta
E não sabe rimar ?
Que veio de Itabira,
Terra longe e ferrosa ?
E que seu verso vira,
De vez em quando, prosa ?
Que é magro, calvo, sério
(na aparência ) e calado,
com algo de minério
não de todo britado?
Que encontrou no caminho
Uma pedra e, estacando,
Muito riso escarninho
O foi logo cercando?
Que apesar dos pesares
Conserva o bom-humor
Caça nuvens nos ares,
Crê no bem e no amor ?

Mas que dizer do poeta
Numa prova escolar
Em linguagem discreta
Que lhe saiba agradar?

Veja aqui os dados biográficos feitos pelos que o leram, ouviram, viram ou com ele conviveram.
No dia 23 de Março coloquei aqui o poema Ausência que é um dos meus preferidos.

16 agosto 2007

Caro esquartejamento!

Neste último ano, e por motivos profissionais, apercebi-me de uma situação perfeitamente escandalosa. O país está perfeitamente esquartejado em “quintas” que são Concelhos e que se dividem em pequenos “quintais” que são as Freguesias. As quintas e cada um desses quintais custam a todos nós uma quantidade de dinheiro perfeitamente evitável. Refiro-me especificamente à região Norte onde habito e trabalho.
Deixo aqui, e apenas como exemplo, o caso concreto do Concelho de Vizela que tem, no total 24 km2, ou seja o equivalente a um quadrado de 4,9 km de lado. Habitam aqui 22.595 portugueses dos quais 16.460 são eleitores. Em todo esse concelho há duas escolas com 2º e 3º ciclos do ensino básico e uma escola com ensino secundário. Há, obviamente, um Presidente da Câmara, um Vice-presidente e não sei quantos vereadores.

Esse pedacinho de Portugal está dividido em sete (7) freguesias.
Santa Eulália – 5,4 km2, equivalente a um quadrado com 2,3 km de lado. 3584 habitantes sendo 5200 eleitores
S. Miguel – 5,2 km2, equivalente a um quadrado com 2,3 km de lado. 6280 habitantes sendo 5022 eleitores
Santo Adrião – 3,5 km2, equivalente a um quadrado com 1,8 km de lado. 2460 habitantes sendo 1847 eleitores
S. Paio – 2,3 km2, equivalente a um quadrado com 1,5 km de lado. 1394 habitantes sendo 1152 eleitores
Tagilde – 2,7 km2, equivalente a um quadrado com 1,5 km de lado. 1777 habitantes sendo 1229 eleitores
Infias – 1,9 km2, equivalente a um quadrado de 1,4 km de lado. 1765 habitantes sendo 1441 eleitores
S. João – 2,9 km2, equivalente a um quadrado com 1,7 km de lado. 3719 habitantes sendo 3432 eleitores.

Todos estes “quintais” custam-nos mensalmente, uma renda do edifício da Junta de Freguesia bem como água, luz, telefone, Internet, etc. para a sua manutenção, o ordenado do Presidente da Junta bem como os ordenados de todos os funcionários dessa mesma Junta. Acrescente-se o edifício da Câmara Minicipal e tudo quanto a faz "mover", o ordenado do Presidente da Câmara, do Vice-presidente, dos vereadores e todos os funcionários que lá trabalham.

Considerando que isto se passa num Concelho da zona Norte e que todo o país está esquartejado desta maneira, no global estamos a falar de quantias astronómicas e de um número incontável de funcionários públicos.
Será que um país pequenino e pobre, como o nosso, precisa de ser transformado num puzzle com peças deste tamanho? Que interesses estão por trás desta situação?
Isto merecia ser investigado ao pormenor para que todos os portugueses pudessem saber o número de funcionários públicos que trabalham em cargos políticos, directa ou indirectamente. É que se fala muito do número excessivo de funcionários públicos e, certamente, em funções políticas, ou a ela ligadas, haverá muitos.
Era um serviço público que a comunicação social nos podia prestar.

14 agosto 2007

12 agosto 2007

Araçazeiro

Estive este fim de semana em Coimbra. Não pude ir às comemorações do centenário de Miguel Torga mas estive mergulhada em livros. Da literatura à arte. Da política à heráldica. Do romance à poesia.

Na fotografia estão os araçás de casa dos meus Pais. Lá para Outubro devem estar bons para comer. Até fico com água na boca só de pensar. Adoro araçás e só conheço duas casas onde os há. A dos meus Pais e a de uma das minhas Irmãs.

09 agosto 2007

Candeeiro (21)

Ponte de Lima

Candeeiro moderno muito bem integrado na zona do jardim onde se realiza o Festival Internacional de Jardins.



08 agosto 2007

Candeeiro (20)

Ponte de Lima

06 agosto 2007

Parabéns


O Rodrigo e o Gonçalo fazem hoje 2 anos. Estes balões são para eles com um beijo grande desta avó babada.

Cobertura

03 agosto 2007

Igreja de Bravães

Porta principal com alguns pormenores





A actual igreja paroquial de Bravães era o templo de um antigo mosteiro beneditino que nos finais do século XII se instituiu como comenda dos Templários, passando o mosteiro também nessa altura para posse dos agostinhos. Segundo referenciam as "Inquirições" de 1258, Afonso Henriques terá coutado o mosteiro ainda antes de 1180. Sem conseguir superar sucessivas crises internas, chegou ao século XV praticamente ermo. Em 12 de Fevereiro de 1434 o arcebispo bracarense Fernando da Guerra, em cumprimento de um Breve papal, extinguiu o mosteiro de Bravães, ficando o seu templo reduzido a igreja paroquial. O edifício actual, acusando embora algumas remodelações, designadamente restauros contemporâneos que incluíram a desmontagem do campanário duplo que coroava a fachada, remonta no essencial aos finais do século XII e primeiro quartel do século XIII, conforme sugerem a inscrição obituária da porta Sul datada de 1187 e os cavaleiros com armas em desenho inciso num silhar da parede meridional. (continua aqui)

02 agosto 2007

Um exemplo de boas práticas

Esqueçam os recipientes do lixo e admirem o resto. Uma casa antiga, belíssimamente restaurada e embelezada, por fora e por dentro, onde funciona a Biblioteca Municipal de Barcelos.

01 agosto 2007

Destino

Quem disse à estrela o caminho
Que ela há-de seguir no céu?
A fabricar o seu ninho
Como é que a ave aprendeu?
Quem diz à planta – Floresce!
E ao mudo verme que tece
Sua mortalha de seda
Os fios quem lhos enreda?
Ensinou alguém à abelha
Que no prado anda a zumbir
Se à flor branca ou à vermelha
O seu mel há-de pedir?
Que eras tu meu ser, querida,
Teus olhos a minha vida,
Teu amor todo o meu bem…
Ai! não mo disse ninguém…

Como a abelha corre ao prado,
Como no céu gira a estrela,
Como a todo o ente o seu fado
Por instinto se revela,
Eu no teu seio divino
Vim cumprir o meu destino…
Vim, que em ti só sei viver,
Só por ti posso morrer.

Almeida Garrett