30 abril 2008

Castelo de Vide

Nesta vila medieval comecei por comer, na Casa do Parque, uns pezinhos de coentrada divinos.
Depois passeei pelas ruas floridas...

... fui à Fonte da Vila...

... subi ao castelo donde avistei toda a vila...

... subi ao ponto mais alto da Torre...

... e voltei a avistar Castelo de Vide por entre as ameias.

Uma (re)visita que valeu mesmo a pena.

29 abril 2008

Templo de Diana

O Templo de Diana, datado do século I-II d.C., lá está magestoso a lembrar o tempo em que os romanos habitaram Évora.

28 abril 2008

Monsaraz

Revisitei Monsaraz. Lá estavam as árvores encostadas à muralha...

... e a mesma porta de entrada.

Ao longe vêm-se as águas do Alqueva.

Dentro de muralhas, muita escada,

muito xisto e...

... muitas flores.

Monsaraz continua linda. Não faz parte das 7 Maravilhas de Portugal mas está entre as 21 candidatas. O mínimo aceitável para esta terra maravilhosa.

24 abril 2008

Bom fim de semana XL

Vou para fora cá dentro. Maravilhas de Portugal, candidatas a Maravilhas de Portugal e aldeias históricas esperam por mim.
Até para a semana.

23 abril 2008

Os Livros

Apetece chamar-lhes irmãos,
tê-los ao colo,
afagá-los com as mãos,
abri-los de par em par,
ver o Pinóquio a rir
e o D. Quixote a sonhar,
e a Alice do outro lado
do espelho a inventar
um mundo de assombros
que dá gosto visitar.
Apetece chamar-lhes irmãos
e deixar brilhar os olhos
nas páginas das suas mãos.


José Jorge Letria, “Pela casa fora”, 1997

22 abril 2008

Dia Mundial da Terra

O Dia Mundial da Terra surge em 1990, aoesar de o primeiro protesto contra a poluição, liderado pelo Senador norte-americano Gaylord Nelson, ter ocorrido em 1970.
A partir de 1972, a ONU, que desde a sua fundação dava pouca importância ao bem estar ecológico, incluiu a segurança ecológica como a quarta preocupação principal, depois da paz, dos direitos humanos e do desenvolvimento equitativo.

Os alunos do 7º ano fizeram esta Terra para o dia Nacional da Cultura Científica (24 de Novembro) após a abertura oficial, em Portugal, do Ano Internacional do Planeta Terra - 2008.

Há atitudes que me fazem concluir que valeu a pena

Esta equipa governamental da Educação, que não me merece qualquer crédito, vai atribuir, pela segunda vez os prémios Nacional de Professores, Carreira, Integração, Inovação, Liderança. Começo por discordar desta iniciativa. O professor que dá o seu melhor para o sucesso dos seus alunos, enquanto alunos e futuros cidadãos, não faz mais do que a sua obrigação. O que eu gostava era de ver reconhecido o meu trabalho pelos meus alunos, pais e concidadãos.
Os critérios para a atribuição dos referidos prémios também se me afiguram obscuros. Desta equipa não quero nenhum prémio. Dela e dos sindicatos quero distância e, por isso, vou pedir a reforma antecipada com penalização. Se eu pudesse alterar os programas e tivesse liberdade para aplicar aos alunos prevaricadores as penalizações pedagógicas adequadas e atempadamente sem burocracias, gostaria de levar até ao fim a carreira que escolhi no início da década de 70 e a que dediquei os melhores anos da minha vida com prejuízo pessoal, das minhas filhas e, agora, dos meus netos. Infelizmente cheguei à conclusão que o Governo, os Pais e os meus concidadãos não merecem mais o meu esforço. Continuar a ser diariamente maltratada, seria puro masoquismo. Há mais vida prara além da escola e do dinheiro. Quero paz. Quero ajudar as minhas filhas e ver crescer os meus netos. Quero ter fins-de-semana como toda a gente. Quero dedicar-me a tanta coisa que me dá prazer.
Não pretendo que, quem não esteja ligado à educação, entenda o que eu digo. Disso eu já desisti. Só quem vive o dia a dia de uma escola sabe o quão difícil, trabalhosa e ingrata é esta profissão. Pede-se quantidade, não qualidade. Pede que se dê em 70 horas conteúdos que precisaraiam de 100 horas. Isto não é ensinar, é despejar conhecimentos.

Não perdoo a esta equipa ministerial o ter-me roubado o prazer que eu tinha em exercer a profissão que abracei. Isto não se faz a ninguém.
Mas os prémios que gostaria de receber têm, felizmente, chegado. Ontem recebi um mail cuja mensagem aqui deixo:


"Boa tarde professora,
Não sei se ainda tem esta conta de e-mail activa, mas espero que sim. Eu sou o seu antigo aluno Eduardo xxxxxx, fui seu aluno de Química no ano lectivo de 2004/2005. Não sei se ainda se lembra de mim. Eu estou a acabar o meu curso na faculdade, estou já no ultimo ano e sou finalista. Como tal, temos a tradição de assinar as fitas e eu gostava que a professora me assinasse a fita, uma vez que a considero a melhor professora que tive até hoje, pois sempre acreditou em mim e fez todos os possíveis para me ensinar, não só a matéria correspondente a sua disciplina, mas também a ser um homem decente. Para além de excelente professora, foi também uma grande amiga, que é algo que muitos professores não são e por isso gostava que me desse a honra de me assinar a fita. A minha queima das fitas é já esta semana e tenho de ter as fitas no dia 27, por isso peço resposta a este e-mail o mais rápido possível. Caso a professora não possa assinar-me as fitas antes dessa data, não há problema; assina depois pois o que conta para mim é que a fita seja assinada, independentemente da data. Gostava também de lhe pedir um favor. Não sei se ainda continua a dar aulas na Escola do Padrão da Légua, mas se sim, agradecia se pudesse falar com a professora Lurdes xxxxxxx, que lecciona Biologia, pois gostava que ela também me assinasse as fitas. Peço desculpa pelo incómodo e espero atentamente uma resposta.

Beijos e abraços,
do seu antigo aluno e amigo,
Eduardo xxxxxxx"


Por mimos como este, que não me têm faltado, eu tenho de concluir que, apesar de ter comido o pão que o diabo amassou, valeu a pena. Desculpem ter posto a modéstia na gaveta mas até fiquei com um nó na garganta quando recebi esta ternura...

20 abril 2008

Crise?

Crise na construção civil? Onde? Não é no Porto nem em Matosinhos, do Oeste a Este...
Para onde quer que me vire encontro estes monstros...

17 abril 2008

17 de Abril de 1969

Foi na inauguração deste edifício, que no dia 17 de Abril de 1969, começou a crise estudantil de Coimbra.

Foi à entrada deste edifício que o meu Pai, médico militar, que era uma das individualidades convidadas para a inauguração por ser, na altura, a mais alta individualidade dos Serviços de Saúde Militar de Coimbra, foi enxovalhado, chamado de “palhaço”, “fantoche” e possivelmente outros nomes bem piores. Na sequência desse incidente, o Presidente da Associação Académica, Alberto Martins, foi preso e eu defendi-o perante o meu Pai. Era tão ingénua que acreditei que aquele movimento não era político e que o que estava em causa era a defesa do ensino superior. O meu Pai bem me avisou mas a minha rebeldia de jovem universitária falou mais alto. Hoje tenho a dito senhor no Governo. Se arrependimento matasse…
D. Dinis assistiu a tudo imóvel, petrificado.

Foram maus momentos que se viveram em casa dos meus Pais, com as três filhas mais velhas na Faculdade. Tempos para esquecer que eu lembro hoje aqui por fazer 39 anos que este episódio, que fica na nossa história, aconteceu.

“Na manhã de 17 de Abril de 1969, em frente ao Edifício das Matemáticas, milhares de estudantes mostravam palavras de ordem “Ensino para todos”, “Estudantes no Governo da Universidade”, “Exigimos diálogo”.No interior do Edifício, Alberto Martins, Presidente da DG/AAC pede a palavra ao Presidente da República, Américo Tomás “Sua Ex.ª, Senhor Presidente da República, dá-me licença que use da palavra nesta cerimónia em nome dos estudantes da Universidade de Coimbra?” A palavra foi-lhe negada e a cerimónia terminada abruptamente.”
Para ver toda versão da AAC clique aqui.

15 abril 2008

13 abril 2008

A Avó

Há muito, muito tempo fizeram chegar-me às mãos uma redacção de uma criança sobre "A Avó" que me garantiram ser real. Sendo ou não, é uma delícia. Compartilho-a com aqueles que a não conhecem e relembro-a aos outros.

Dedico este post à mariadosol pelo comentário que me deixou um dia destes e ilustro-o com uma fotografia da minha avó materna que marcou a minha infância e a minha vida e que me faz uma falta imensa. Imensa, mesmo.

"Uma Avó é uma mulher que não tem filhos, por isso gosta dos filhos dos outros. As Avós não têm nada para fazer, é só estarem ali.
Quando nos levam a passear, andam devagar e não pisam as flores bonitas nem as lagartas. Nunca dizem Despacha-te!. Normalmente são gordas, mas mesmo assim conseguem apertar-nos os sapatos. Sabem sempre que a gente quer mais uma fatia de bolo ou uma fatia maior. As Avós usam óculos e às vezes até conseguem tirar os dentes. Quando nos contam histórias, nunca saltam bocados e nunca se importam de contar a mesma história várias vezes. As Avós são as únicas pessoas grandes que têm sempre tempo. Não são tão fracas como dizem, apesar de morreram mais vezes do que nós. Toda a gente deve fazer o possível por ter uma Avó, principalmente se não tiver televisão."

11 abril 2008

E o Atlântico aqui ao lado...

Não que o dia estivesse a pedir praia... mas eu lá fui com uma caixa apanhar areia. Preciso dela para fazer umas experiências aos ganapos do sétimo ano e, enquanto não me reformar, continuarei a procurar o material que a escola me não dá. O vento era muito e gelado mas a minha companheira de carteira aproveitou para apanhar uns apontamentos.

As gaivotas andavam por lá...

O mar batia nas rochas...

E havia quem estivesse no molhe a olhar para a lista cinzenta que o mar trazia...


10 abril 2008

Coreto

Porto, Passeio Alegre

09 abril 2008

Coreto

Matosinhos

05 abril 2008

À beira-mar

Todas as gerações para a Foz... Há que aproveitar este Verão que acaba amanhã...

04 abril 2008

Forte de São João Baptista

Começado em 1570, durante a Regência de D. Catarina, só em 1647 ficaria totalmente concluído. À primeira estrutura foram acrescentados os baluartes modernos, dos anos das Guerras da Restauração (1640-1652). Inserido numa linha defensiva da costa, o Castelo da Foz assegurava a protecção da barra do Douro. No seu interior há restos da antiga Igreja de São João da Foz do Douro, mandada construir pelo Bispo D. Miguel da Silva com desenho do Arquitecto italiano Francesco da Cremona.

03 abril 2008

Restos mortais...



...da Empresa Fabril do Norte, na Senhora da Hora.

02 abril 2008

Peço desculpa

Hoje lembrei-me das palavras que um Senhor, A.S.S. de Espinho, escreveu num jornal diário em 2001. Porque as subscrevo e porque se mantêm actuais, aqui as deixo. O título era exctamente o que aqui coloco.

"Peço desculpa por ser um cidadão normal, cumpridor e respeitador das leis e dos costumes. Não sou homossexual, transsexual, bissexual, prostituto ou marginal. Não pratico sexo de risco e (também) por isso não tenho sida. Não fumo charros, não me injecto e não necessito de frequentar clínicas de recuperação de drogados e dar cabo de mim, da minha família e do mundo que conheço. Ando devagar, sempre de cinto colocado, paro nos semáforos e não acelero no amarelo, nem me atiro sobre quem passa nas passadeiras. Bebo apenas o álcool que posso suportar com absoluta lucidez, não fumo, a não ser por brincadeira, não tomo antidepressivos, anabolizantes, euforizantes ou afins. Pago a totalidade dos meus impostos, respeito o princípio da autoridade e a própria, embora me apetecesse torcer o pescoço de alguns agentes da dita, e cumpro as decisões de quem dependo profissionalmente, mas às vezes não me apetecia.
Sou casado, tenho dois filhos e uma família funcional e feliz. Amo os meus pais e sinto que lhes devo quase tudo o que sou. E tento aceitar os outros como são, embora, por vezes isso seja difícil, doloroso e penoso.
Não pratico crimes de qualquer natureza, e muito menos de colarinho branco. Nunca passei facturas falsas nem nunca utilizei o dinheiro de outros em meu proveito. Não me meto em, nem armo, confusões ou desacatos em público ou em privado, sou conciliador e acredito nas virtudes da razão.
Nunca fiz uma viagem fantasma, e, as poucas que fiz, paguei-as do meu bolso. Exerço sempre o meu dever cívico de votar e finjo acreditar que isso mudará algo. Nunca participei num desses concursos imbecis da televisão, nem vegetei na “casa mais conhecida do país”.
Nem sempre tenho razão e engano-me muitas vezes… E tento ler (muito), embora seja selectivo nas leituras que faço. E quero valorizar-me e aprender um pouco mais e melhor que o que me ensina a insuportável indigência intelectual e moral que se vê, que se sente e que se respira todos os dias e por todo o lado.
Sinto-me quase sozinho, mas sei que o não estou. Entretanto, peço desculpa pelo que sou."

01 abril 2008

Enquanto esperava a consulta...


... vi a relva verde e o céu azul.