"Dispomos de todas as possibilidades, da mais absoluta liberdade de escolha. Como num livro, onde cada letra permanece para sempre na página, a nossa consciência tem o direito de decidir o que quer ler e o que prefere deixar de parte." (Richard Bach)
31 janeiro 2008
Ditadura por ditadura...
Vem isto a propósito da notícia que a SIC deu hoje no Jornal da Noite acerca do que aconteceu aos técnicos superiores da CCDR Centro que "tiveram a ousadia" de dar um parecer desfavorável ao traçado do TGV Alcobaça-Pombal. Uma vergonha que eu conheço desde o início porque um dos técnicos "saneado" é da minha família. Não só foi imediatamente afastado da Comissão de Estudo de Impacte Ambiental do TGV (logo antes da reunião onde ia apresentar o parecer), como já foi excluído de todo e qualquer estudo de Impacte Ambiental, área onde sempre trabalhou.
O Vice-presidente da CCDR Centro, Henrique Moura Maia, meteu os pés pelas mãos na tentativa frustrada de justificar o injustificável e, quando a SIC lhe perguntou o motivo pelo qual os técnicos foram afastados, respondeu com a mentira mais aceitável. "Questão de gestão interna". Este Senhor, Engenheiro Electrotécnico, elaborou, logo na altura, novo parecer favorável, que obviamente, foi aceite e serve agora para justificar as escolhas que estavam já tomadas.
Só me surge um comentário a esta situação toda - um nojo.
É esta a ditadura que temos. Quando se quer um parecer favorável, pede-se a quem o faça independentemente das suas qualificações para tal. O que interessa é que se faça, de uma maneira que pareça legal, tudo o que o grande chefe quer.
É por estas situações e por outras semelhantes, que o ambiente de trabalho em qualquer sector da função pública é, neste momento, de cortar à faca. E é, neste ambiente, que os donos do poder pedem a propalada produtividade.
Que Santa Bárbara os leve para onde não façam prejuízo, como se dizia antigamente a propósito das trovoadas.
28 janeiro 2008
Chegou o Natal!
27 janeiro 2008
26 janeiro 2008
25 janeiro 2008
Desassossego
Correia de Campos continua a fazer os seus remendos da Saúde. Não é uma reforma porque ninguém conhece os objectivos, possivelmente nem o próprio Ministro. Os problemas graves sucedem-se mas como as vítimas não são políticos, é como se não existissem. São vítimas pontuais. Como se pode lidar assim com seres humanos com sentimentos, com família, com vida própria, com direitos e, ao fim do dia, deitar a cabeça na almofada e dormir.
Estofo de políticos…
24 janeiro 2008
António
22 janeiro 2008
Nós por cá ficámos estupefactos
Eu não tinha dúvida nenhuma que investir em joias era mau negócio mas não pensei que fosse tão arriscado. Ainda bem que o Sócrates não dá hipótese de investir nem em berlindes!...
20 janeiro 2008
A espera continua
Como nasceram duas gémeas que necessitavam cuidados da neonatologis e o serviço estava lotado, o Lourenço recebeu ordem de despejo. Agora está na pediatria onde os cuidados não são, obviamente, os mesmos e onde a possibilidade de apanhar infecções é maior. A Teresa e o Paulo têm arranjado maneira de estar sempre alguém com o Lourenço 24 h por dia. Não tem sido nada fácil.
O Lourenço ainda não aguenta sozinho todas as refeições por dia. Vai tendo uns dias com mais genica e outros com menos. A espera pelo sossego merecido continua.
16 janeiro 2008
Praça
Filipe II tinha um colar de oiro,
tinha um colar de oiro com pedras rubis.
Cingia a cintura com cinto de oiro,
com fivela de oiro,
olho de perdiz.
Comia num prato
de prata lavrada
girafa trufada,
rissóis de serpente.
O copo era um gomo
que em flor desabrocha,
de cristal de rocha
do mais transparente.
Andava nas salas
forradas de Arrás,
com panos por cima,
pela frente e por trás.
Tapetes flamengos,
combates de galos,
alões e podengos,
falcões e cavalos.
Dormia na cama
de prata maciça
com dossel de lhama
de franja roliça.
Na mesa do canto
vermelho damasco,
e a tíbia de um santo
guardada num frasco.
Foi dono da Terra,
foi senhor do Mundo,
nada lhe faltava,
Filipe Segundo.
Tinha oiro e prata,
pedras nunca vistas,
safiras, topázios,
rubis, ametistas.
Tinha tudo, tudo,
sem peso nem conta,
bragas de veludo,
peliças de lontra.
Um homem tão grande
tem tudo o que quer.
O que ele não tinha
era um fecho-éclair.
15 janeiro 2008
Desassossego
O Inimigo Público disse, há dias, o que não aconteceu mas podia ter acontecido. Agora já aconteceu. O novo site do BCP é, a partir de hoje www.millenniumbcp.gov.pt. Sócrates já é dono de um banco privado.
Não tenho nada contra Cadilhe e Bagão Felix. Tenho-os como competentes e sérios. O mesmo não digo de Vara e do emergente Joe. Dos outros actores desta novela nojenta e inqualificável nem falo. O que todos eles querem, sei eu... (como dizia o anúncio). Mas detesto que me tomem por lorpa e os políticos, ou os pretendentes a tal, teimam em fazê-lo. É na Educação, na Saúde, na Justiça, no Ambiente,... e agora na Banca.
Chega! Estou farta!
Toda esta política é de sargeta, como dizia o outro. Claro que toda esta novela é política. Não é por acaso que Vitor Constâncio só agora se preocupou com o BCP. Não é por acaso que aparece o nome de Santos Ferreira como não é por acaso que Vara continua a singrar na vida. Nada é por acaso. Tudo correu como o planeado pelo grande chefe e agora o Estado tem dois bancos. No BCP não contem com um tostão de meu. Tive lá dinheiro até ao dia em que fui maltratada. Nenhuma empresa me maltrata duas vezes, desde que haja alternativa. E, em bancos, há dezenas de alternativas. Quanto à CGD, estou a tratar de cortar relações também. Ele há tanta instituição bancária!...
E por que carga de água um suspeito, que pode vir, ou não, a ser arguido, não pode fazer parte da Administração de um Banco privado (presume-se culpado) mas pode ocupar qualquer cargo político (presume-se inocente)?
Razão tinha o meu sábio Pai que dizia que só acreditava em democracia quando lhe provassem que num cesto com dez laranjas, nove podres e uma sã, as nove podres valem mais do que a sã.
Não perdoo a D. Afonso Henriques.
14 janeiro 2008
A recta final
Este mês temos o Lourenço a entrar na casa dele para alegria dos Pais, da Irmã, dos Avós, dos inúmeros Tios e Primos e de todos os amigos, conhecidos e desconhecidos que há mais de um mês torcem por ele.
12 janeiro 2008
Vaidade
Aquela que diz tudo e tudo sabe,
Que tem a inspiração pura e perfeita,
Que reune num verso a imensidade!
Sonho que um verso meu tem claridade
Para encher todo o mundo! E que deleita
Mesmo aqueles que morrem de saudade!
Mesmo os de alma profunda e insatisfeita!
Sonho que sou Alguém cá neste mundo...
Aquela de saber vasto e profundo,
Aos pés de quem a Terra anda curvada!
E quanto mais no cé eu vou sonhando,
E quanto mais no alto ando voando,
Acordo do meu sonho... E não sou nada!..."
Como Florbela Espanca, às vezes ainda tenho a veleidade de sonhar que sou alguém com o saber vasto e profundo, que a minha idade já permite ter, para poder para ajudar a resolver os problemas dos outros. Mas não é a Terra que se curva aos meus pés. Sou eu que me curvo perante a minha própria impotência para os ajudar. Pena que não seja sonho!... Ou que os problemas não sejam meus... Doiam menos.
Definitivamente o ser humano deveria possuir um "descomplicador".
11 janeiro 2008
Há sempre quem tenha razões para dizer VIVA!
- Mãe, que há para comer?
- Nada, meu filho.
O menino olha para o papagaio, que têm na gaiola, e pergunta:
- Mãe, porque não faz arroz de papagaio?
- Porque não há arroz.
- E papagaio no forno?
- Não há gás.
- E papagaio no grelhador eléctrico?
- Não há electricidade.
- E papagaio frito, mãe?
- Não há azeite, meu filho.
E o papagaio, feliz, gritou:
- Viva o Sócrates!!! Viva o Sócrates!!!
10 janeiro 2008
O Lourenço saiu da incubadora
Já tem 1,500 kg. Agora só precisa de aprimorar a sucção e comer muito para engordar o suficiente para ir para casa. A Mafalda precisa de ter os Pais mais tempo em casa e de conhecer o irmão que tem lá um quartinho ainda por habitar.
09 janeiro 2008
05 janeiro 2008
03 janeiro 2008
Este blog...
Está na moda ser "fundamentalista do fumo". Não suporto fundamentalismos, carneirices e palhaçadas. Os mais fundamentalistas possivelmente não se deslocam a pé ou de transportes públicos. Prejudicam a saúde de todos com o fumo dos seus escapes e não pensam em sugerir que se imponham limitações à utilização dos automóveis. Não param para pensar que o fumo dos escapes não é menos inofensivo que o do tabaco dos outros. A poluição dos centros das grandes cidades é enorme. Não há preocupação alguma com qualquer tipo de poluição prejudicial para a saúde (e há tantas!) a não ser a dos cigarros. Haja coerência!
Os fumadores foram eleitos os responsáveis pela poluição perigosa. Não se pensa mais na poluição que cada um produz. Arranjaram-se bodes espiatórios. Ostracizam-se os fumadores. Consideram-se criminosos. A consciência fica tranquila... O resto não interessa. Haja paciência!
"Um cigarro encurta a vida em 2 minutos...
Uma garrafa de álcool encurta a vida em 4 minutos...
Um dia de trabalho encurta a vida em 8 horas!"