Para todos nós, que vivemos duma reforma ou de trabalho honesto, só nos resta, para 2011
Dez reis de esperança
Se não fosse esta certeza
que nem sei de onde me vem,
não comia, nem bebia,
nem falava com ninguém.
Acocorava-me a um canto,
no mais profundo que houvesse,
punha os joelhos à boca
e viesse o que viesse.
Não fossem os olhos grandes
do ingénuo adolescente,
a chuva das penas brancas
a cair impertinente,
aquele incógnito rosto,
pintado em tons de aguarela,
que sonha no frio encosto
da vidraça da janela,
não fosse a imensa piedade
dos homens que não cresceram,
que ouviram, viram, ouviram,
viram, e não perceberam,
essas máscaras selectas,
antologia do espanto,
flores sem caule, flutuando
no pranto de desencanto,
se não fosse a fome e a sede
dessa humanidade exangue,
roía as unhas e os dedos
até os fazer em sangue.
António Gedeão
"Dispomos de todas as possibilidades, da mais absoluta liberdade de escolha. Como num livro, onde cada letra permanece para sempre na página, a nossa consciência tem o direito de decidir o que quer ler e o que prefere deixar de parte." (Richard Bach)
31 dezembro 2010
30 dezembro 2010
Murmúrio
Traze-me um pouco das sombras serenas
que as nuvens transportam por cima do dia!
Um pouco de sombra, apenas,
- vê que nem te peço alegria.
Traze-me um pouco da alvura dos luares
que a noite sustenta no teu coração!
A alvura, apenas, dos ares:
- vê que nem te peço ilusão.
Traze-me um pouco da tua lembrança,
aroma perdido, saudade da flor!
- Vê que nem te digo esperança!
- Vê que nem sequer sonho amor!
Cecília Meireles
que as nuvens transportam por cima do dia!
Um pouco de sombra, apenas,
- vê que nem te peço alegria.
Traze-me um pouco da alvura dos luares
que a noite sustenta no teu coração!
A alvura, apenas, dos ares:
- vê que nem te peço ilusão.
Traze-me um pouco da tua lembrança,
aroma perdido, saudade da flor!
- Vê que nem te digo esperança!
- Vê que nem sequer sonho amor!
Cecília Meireles
23 dezembro 2010
Mexidos ou formigos
Prescindo do peru mas não dos mexidos.
Sirvam-se. À confiança que eu provei quando acabei de os fazer.
22 dezembro 2010
21 dezembro 2010
20 dezembro 2010
15 dezembro 2010
Crianças
Encanta-me ver as crianças perante uma taça de mousse de chocolate... e as bocas delas depois de se deliciarem com ela.
10 dezembro 2010
Digo eu...
“Já me tornei prisioneira de tantos sonhos e ideais que me sinto incapaz de abdicar deles, mas começo a aperceber-me que não me vão levar a nada de construtivo nem conclusivo na minha vida.”
09 dezembro 2010
05 dezembro 2010
Era assim
O meu heroi, o Lourenço, depois de quase dois meses a lutar pela vida no Hospital Pedro Hispano, foi conhecer a sua irmã, a sua casa, o seu quarto. Foi no dia 28 de Janeiro de 2008. No dia 23 de Fevereiro era esta a mão dele, pousada na minha.
O nosso heroi faz, na quinta-feira, 3 anos. Obrigada a todos os que, aqui torceram ou rezaram pelo Lourenço. Um obrigada especial à ka.
03 dezembro 2010
O sonho
Pelo sonho é que vamos,
comovidos e mudos.
Chegamos? Não chegamos?
Haja ou não haja frutos,
pelo sonho é que vamos.
Basta a fé no que temos.
Basta a esperança naquilo
que talvez não teremos.
Basta que a alma demos,
com a mesma alegria,
ao que desconhecemos
e ao que é do dia a dia.
Chegamos? Não chegamos?
Partimos. Vamos. Somos.
Sebastião da Gama
... porque o sonho é o que nos resta...
comovidos e mudos.
Chegamos? Não chegamos?
Haja ou não haja frutos,
pelo sonho é que vamos.
Basta a fé no que temos.
Basta a esperança naquilo
que talvez não teremos.
Basta que a alma demos,
com a mesma alegria,
ao que desconhecemos
e ao que é do dia a dia.
Chegamos? Não chegamos?
Partimos. Vamos. Somos.
Sebastião da Gama
... porque o sonho é o que nos resta...
02 dezembro 2010
Matando saudades
Nos próximos dias, a Gaivota Maria vai passear-se por estes lados e ver ao vivo estas, e outras tantas, maravilhas. Fui rever as fotografias que lá tirei para tentar matar a inveja. Boa viagem para os três e aproveitem ao máximo.
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