30 novembro 2008

E as medalhas continuam

Professora, espero que tenha muitas felicidades pela vida fora e que continue a ser a pessoa que sempre foi .
Obrigada por todo o empenho, dedicação e amizade da sua parte .

Beijinhos, muitas alegrias.

Ana Correia

28 novembro 2008

Ontem...

... o Douro estava tranquilo, lindo.


E a salada que comi na Marina do Freixo estava óptima. Obrigada, ka, pela companhia.

27 novembro 2008

Mais uma medalha

Chegou agora por mail mais um prémio para mim. deixou-me de lágrima no olho mas com o meu ego nas alturas e a sensação do ver cumprido.

"Soube ontem ao último tempo que a professora tinha recebido a carta da reforma. Vou ser sincero, fiquei muito triste por perder uma das melhores professoras de sempre.Paciente, simpatica, honesta, humilde.... são muitas das caracteristica que a professora tem.A escola perdeu uma das melhores professoras ao serviço.
Pessoalmente n estou triste por perder uma professora mas sim estou triste por ter perdido uma grande amiga que me ajudou sempre.Toda a turma ficou um bocado triste (embora querendo desfarçar através de sorrisos e risos), pois tem a consciencia que vai ser dificil substituir uma professora como a s'tora.Diz-se que ninguem é insubstituivel, mas a professora é das poucas pessoas que não podem substituidas por nada deste mundo.
Aqui está á minha despedida muito humilde, não é que desejaria dar á professora pois o que lhe queria dar está para além dos meus alcances.Só deixo votos de felicidade e desejos que um dia nos voltemos a encontrar.
Muitos beijos e abraços

Bruno nº7 8ºB"

Foi um prazer ter conhecido o Bruno e um privilégio ter sido sua professora.

26 novembro 2008

Eu saio com os meus prémios

Finalmente chegou a aposentação. E, neste último dia, os alunos da turma com que tive aulas deixaram-me este prémio.

Vale a pena clicar para ler
Este, e outros prémios que tenho recebido ao longo dos anos, dão sentido a tudo o que tive que passar nestes últimos tempos. Não os trocava por nenhum prémio atribuído por esta Ministra. Estas preciosidades são-me atribuídas por aqueles para quem trabalhei. Aqueles a quem dediquei 36 anos da minha vida.
Obrigada a todos os jovens (alguns já bem adultos hoje) pelos bons momentos que eu vivi enquanto professora de Física e Química.

A todos deixo o poema que hoje ofereci a cada um dos alunos do 8º E

Jovem

Conserva
Anos-luz de idealismo
Dentro de ti.
Pensa mesmo
Que o mundo tem conserto
Que tudo vai dar certo.
Uma mole de irreverência
Responsável... controlada...
Com prudência...
Uns milímetros de contestação
Justificada… discutida
Com argumentação...
Muitos volts de alegria de viver
Segundo a segundo
Toda a vida... todo o ser...
Toneladas de amor
De capacidade para amar
Os outros, as coisas, o saber...
Gigacoulombs de responsabilidade
De que te orgulhes...
De que todos, de ti, tenham vaidade...
Uns quilowatt.hora de humor
Que põem nos lábios um sorriso permanente
Um sorriso com luz, com cor...
Muitos cavalos-vapor de energia
Que te tornem capaz
De enfrentar o dia a dia com paz...
Muitos ohms de optimismo
Para encarares o mundo
Pelo lado bom, com positivismo...
Muitos newtons de honestidade
Com os outros, contigo, com a sociedade...
Uns miligramas de ambição
Comedida, com moderação.
Mais uns ampères de humildade,
E uns litros de frontalidade
Delicada...
Uns joules de coragem
Para dizer não a toda a solicitação
Que conduza a mau porto
A tua viagem...
E faz render a cem por cento
Os dons que possuis.
Não descures os valores destas grandezas.
Controla-os bem
E serás um exemplo
Para qualquer jovem.

Novembro, 2008

Deixo de ser professora, não deixo de ser amiga

Alegria triste

Fico alegre porque saio.
Fico triste porque fujo.

De Lisboa a Bragança…
muita estrada, muito jovem…
muita aula, muita experiência…
muito teste, muita correcção…
… também muita preocupação…

Vivências únicas com jovens…
… de quem fui mãe, irmã, amiga…
com muita garra, com muito gozo…

Os tempos mudaram…
as reformas começaram a chover…
… a cântaros…
a escola que eu amei mudou
… para pior… muito pior…

Barafustei, avisei, escrevi, desisti…

Fui enxovalhada, insultada…
maltratada…
Pelos jovens fui aguentando…
agora… chega…
vou-me embora.

Ficam algumas amizades
e a gratidão de tantos jovens…
aqueles que me escrevem…
que pedem a assinatura nas fitas
quando chega a formatura.

Chegar ao fim acompanhando um grupo de jovens
por todo um ciclo…
Um sonho interrompido…
Saio triste… sem conseguir perdoar
a quem ousou matar o meu prazer na minha profissão.
Essa mágoa não morrerá…

Tenho assistido às exéquias fúnebres do ensino público…
mas gostei demasiado do que fiz
para assistir à sua morte… desculpem…

Fico alegre porque saio.
Fico triste porque fujo.

25 novembro 2008

Esta semana...

... os meus alunos do 8º Ano têm alguns trabalhos na exposição comemorativa do Dia Nacional da Cultura Científica. Como temos estado a dar a luz e o som, os trabalhos visam esses conteúdos programáticos.
O país e a Ministra não merecem o trabalho que uma actividade destas comporta mas os jovens, esses merecem todo o meu trabalho enquanto a reforma não chega.

24 novembro 2008

Rómulo de Carvalho / António Gedeão


O Google, como sempre, não deixou passar em branco o Dia Nacional da Cultura Científica.
Embora haja, em Portugal, uma notória falta de cultura científica, este dia foi escolhido em homenagem a Rómulo de Carvalho que nasceu no dia 24 de Novembro de 1906.
Rómulo Vasco da Gama de Carvalho licenciou-se em Ciências Físico-Químcas na Faculdade de Ciências da Universidade do Porto em 1931.
Foi professor de liceu em Lisboa e em Coimbra.
A publicação das suas obras começa em 1952, pela Atlântida Editora (Coimbra), com a “História do Telefone”, o primeiro título de uma colecção de livros de divulgação em que se descobriam importantes instrumentos científicos em interessantes histórias.
Com o pseudónimo de António Gedeão foi um poeta de eleição. Nos seus poemas a poesia e a ciência andam sempre de mãos dadas.
Rómulo de Carvalho/António Gedeão conjugou, de uma forma fantástica, o génio do cientista e o harmonioso do poeta.
Saiba mais aqui.
Um dos poemas mais brilhantes deste homem único é a história de Galileu onde só falta referir o pedido de desculpas, em 1992, da Igreja quando admitiu seu erro e absolveu o astrónomo por ter defendido a tese de que a Terra girava em torno do Sol.

Poema para Galileo

Estou olhando o teu retrato, meu velho pisano,
aquele teu retrato que toda a gente conhece,
em que a tua bela cabeça desabrocha e floresce
sobre um modesto cabeção de pano.
aquele retrato da Galeria dos Ofícios da tua velha Florença
(Não, não, Galileo! Eu não disse Santo Ofício.
Disse Galeria dos Ofícios.)
Aquele retrato da Galeria dos Ofícios da requintada Florença.

Lembras-te? A Ponte Vecchio, a Loggia, a Piazza della Signoria...
Eu sei... eu sei...
As margens doces do Arno às horas pardas da melancolia.
Ai que saudade, Galileo Galilei!

Olha. Sabes? Lá em Florença
está guardado um dedo da tua mão direita num relicário.
Palavra de honra que está!
As voltas que o mundo dá!
Se calhar até há gente que pensa
que entraste no calendário.

Eu queria agradecer-te, Galileo,
a inteligência das coisas que me deste.
Eu,
e quantos milhões de homens como eu
a quem tu esclareceste,
ia jurar – que disparate, Galileo!
– e jurava a pés juntos e apostava a cabeça
sem a menor hesitação –
que os corpos caem tanto mais depressa
quanto mais pesados são.

Pois não é evidente, Galileo?
Quem acredita que um penedo caia
com a mesma rapidez que um botão de camisa ou que um seixo da praia?
Esta era a inteligência que Deus me deu.

Estava agora a lembrar-me, Galileo,
daquela cena em que tu estavas sentado num escabelo
e tinhas à tua frente um friso de homens doutos, hirtos, de toga e de capelo
a olharem-te severamente.
Estavam todos a ralhar contigo,
que parecia impossível que um homem da tua idade
e da tua condição,
se tivesse tornado num perigo
para a Humanidade
e para a Civilização.
Tu, embaraçado e comprometido, em silêncio mordiscavas os lábios,
e percorrias, cheio de piedade,
os rostos impenetráveis daquela fila de sábios.

Teus olhos habituados à observação dos satélites e das estrelas,
desceram lá das alturas
e poisaram, como aves aturdidas – parece-me que estou a vê-las –,
nas faces grávidas daquelas reverendíssimas criaturas.
E foste tu dizendo a tudo que sim, que sim senhor, que era tudo tal qual
conforme suas eminências desejavam,
e dirias que o Sol era quadrado e a Lua pentagonal
e que os astros bailavam e entoavam
à meia-noite louvores à harmonia universal.
E juraste que nunca mais repetirias
nem a ti mesmo, na própria intimidade do teu pensamento, livre e calma,
aquelas abomináveis heresias
que ensinavas e descrevias
para eterna perdição da tua alma.
Ai Galileo!
Mal sabem os teus doutos juízes, grandes senhores deste pequeno mundo
que assim mesmo, empertigados nos seus cadeirões de braços,
andavam a correr e a rolar pelos espaços
à razão de trinta quilómetros por segundo.
Tu é que sabias, Galileo Galilei.

Por isso eram teus olhos misericordiosos,
por isso era teu coração cheio de piedade,
piedade pelos homens que não precisam de sofrer, homens ditosos
a quem Deus dispensou de buscar a verdade.
Por isso estoicamente, mansamente,
resististe a todas as torturas,
a todas as angústias, a todos os contratempos,
enquanto eles, do alto inacessível das suas alturas,
foram caindo,
caindo,
caindo,
caindo,
caindo sempre,
e sempre,
ininterruptamente,
na razão directa do quadrado dos tempos.

21 novembro 2008

Festival Internacional de Jardins de Ponte de Lima

No dia 5 de Julho estive sentada na "cadeira de reflexão" deste jardim.
Recebi hoje uma mensagem de Ponte de Lima que aqui deixo.

"A 4ª edição do Festival Internacional de Jardins de Ponte de Lima foi a mais visitada de sempre, 90 000 visitantes, o que se traduz num aumento de 30%, relativamente à edição anterior.
A forte participação de autores estrangeiros demonstra que o evento já ultrapassou as nossas fronteiras, fazendo parte de um roteiro cultural e turístico, de âmbito internacional, que atrai até à Vila mais antiga de Portugal milhares de visitantes. Este facto revela o grande interesse deste projecto para o município de Ponte de Lima, para o país e para todos os seus participantes.
Aos visitantes foi dada a oportunidade de manifestarem a sua opinião sobre a apreciação dos 11 jardins do Festival. O jardim mais votado foi “Energias Reflectidas”, cujos autores são um grupo de jovens Arquitectos Paisagistas, oriundos do norte de Portugal: Ana Mota, Diana Teixeira Fernandes, Márcia Vilar, Ricardo Ventura e Telma Sanches. Este jardim obteve 24% de votos e permanecerá no Festival durante a próxima edição, não podendo no entanto estar sujeito a nova votação.
Já agora aproveitámos para informar que para o concurso de 2009 com o tema “Artes no Jardim”, foram apresentadas 67 propostas, provenientes de 8 países, mas com autores de 19 nacionalidades diferentes.
Esperámos poder contar com a Vossa colaboração na divulgação desta iniciativa, pelo que, informamos que a edição de 2009 abre as suas portas ao público no dia 29 de Maio de 2009: contamos com a Vossa visita a partir desta data e até ao dia 30 de Outubro do mesmo ano.
Terminámos agradecendo a Vossa visita a este certame, confiantes assim, que o principal objectivo desta iniciativa permaneça e que todos continuemos a promover novas formas de sentir e viver a arte dos jardins."


Apesar de não ter sido o jardim em que votei foi um dos que mais gostei. Aqui deixo os meus parabéns aos autores pela maravilha que nos proporcionaram e, para o ano, lá voltarei a visitá-lo no próximo Festival Internacional de Jardins de Ponte de Lima.

13 novembro 2008

Lua cheia

Olhei há pouco para lua e fui procurar se hoje era dia de Lua Cheia. não só vi que era como encontrei um artigo de Nuno Crato que achei interessante. Aqui o deixo.
A Lua Cheia e os partos
Ouve-se muitas vezes dizer que nas noites de Lua Cheia o número de partos aumenta. De tal forma, conta-se, que há clínicos que se preparam para noites agitadas quando se aproxima essa fase da Lua. A ideia está tão difundida que muitas pessoas a aceitam como um facto. E porque não? Se a Lua consegue mover oceanos, de maré-cheia a maré vazia, não poderá ter algum efeito sobre os ventres maternos?
Há um pequeno óbice, contudo. A Lua provoca duas marés por dia. Porque haveria de provocar uma maré de partos apenas na Lua Cheia, que acontece aproximadamente uma vez por mês? Ou seria o efeito de alinhamento com o Sol? Mas esse alinhamento tanto se regista na Lua Cheia como na Lua Nova. E apenas aumenta ligeiramente as marés. Além disso, o efeito de maré é menos poderoso do que se pensa. Claro que são massas grandes de água que se movem, mas no conjunto imenso de oceanos! Alguns metros que o nível das águas suba num porto é pouquíssimo comparado com o volume total em causa. As forças de maré são forças diferenciais, resultam da diferença de atracção sobre um corpo. No caso das marés oceânicas, resultam da diferença de poder de atracção em todo o planeta. O que são alguns metros de subida da água na escala da Terra?
O físico Robert Park, um dos directores da Sociedade de Física Americana (APS), deu-se ao trabalho de calcular os efeitos de maré sobre os seres humanos. No seu livro Ciência ou Vodu, editado entre nós pela Bizâncio, explica que a força de maré lunar sobre o nosso corpo é tão pequena que é menor que a provocada por uma maçã situada por cima da nossa cabeça. Mas ainda nunca alguém se lembrou de falar do efeito das macieiras sobre os partos.
O facto de não entendermos como um fenómeno pode ocorrer, contudo, não quer dizer que ele não ocorra. Por muito intrigante que possa ser o efeito da Lua, ele não se deverá desprezar se a experiência mostrar que existe. É por isso que vale a pena recorrer à Estatística.
Na base de dados de investigação clínica PubMed, os termos «births» e «moon» geram actualmente 11 artigos de investigação publicados nos últimos 25 anos sobre esse tema. O primeiro artigo, saído em 1979, analisa 11691 partos registados entre 1974 e 1978 em Los Angeles e conclui que «os nascimentos de forma alguma se correlacionam com os ciclos lunares». Dos restantes estudos, que analisam centenas de milhares de casos, seis apresentam resultados semelhantes. Analisam centenas de milhares de nascimentos e negam categoricamente que os ciclos lunares tenham alguma coisa a ver com os partos (Dinamarca 1989, Maputo 1991, Florença 1994, Noruega 1997, Nova Iorque 1998 e Carolina do Norte 2005).
Depois, há alguns estudos curiosos. Um deles incide sobre nascimentos chineses (1991) e encontra alguma sazonalidade relacionada com o ciclo da Lua. Mas o calendário chinês é lunar e há uma enchente de casamentos nas festividades lunares...
Outro, feito numa pequena cidade brasileira (2002) é inconclusivo. Os dois restantes (França 1986 e Nova Iorque 1991) indiciam alguma possível correlação, mas apenas com uma ligeiríssima subida de nascimentos antes da... Lua Nova!
Tudo isto é muito curioso. Os estudos científicos negam a influência do ciclo lunar ou quando vêem uma coincidência estatística de subida de partos verificam que ela é pequena e se regista na aproximação da Lua Nova. Porque se difundiu então o mito da fertilidade da Lua Cheia?
Os mitos têm razões que a razão desconhece.

11 novembro 2008

Destino de nós

Ai!... amor meu… meu tão novo amor!...
por que haverias de aparecer agora
assim tão fresca e disponível?...

tão donzela amanhecida
e fruto tão maduro e tão perfeito…
… tão presente!...

… por que não haverias de ter chegado
apenas um pouco antes
da curva que eu pressinto avizinhar-se
nos indícios de desenlace e nostalgia?...

… cada vez mais curta na distância
e cada vez mais estreita…
… mais dissidente!...

… vestida de tons lindos de lírios arroxeados
de que também se veste… linda…

… épica e linda!... -…sempre!...

… a noite das almas viúvas… erradias…
sendas palmilhadas de penas e fadários
por entre as sombras que se encontram fugidias
nos encontros penitentes dos regaços enlutados…

… névoas cinzas de rumores a despedida
nunca antes avistadas nas ladeiras a poente…

por que não vieste mais cedo
-apenas um pouco antes-
… meu amor?...

… que me despertas e obrigas
-na denúncia resgatada do meu gosto-
à urgência intempestiva
dos regressos apressados…


Arnaldo Silva

09 novembro 2008

Dragão...

... por fora...

...e por dentro.

08 novembro 2008

A dobrar

As casas da Av. da Boavista, também estão na Casa da Música.

06 novembro 2008

04 novembro 2008

Faz hoje um ano...

... que um fim de semana de descanso foi, subitamente, interrompido com o internamente da minha filha Teresa no Hospital de São Marcos, em Braga. Uma gravidez de risco que terminou com um Lourenço superprematuro no dia 9 de Dezembro.
Foram meses muito maus, que muita gente daqui acompanhou, até o Lourenço sair da neonatologia, já do Pedro Hispano.
Tudo acabou bem, o meu neto está famoso, é lindo e supersimpático.

Singular