28 outubro 2008

A ruralidade

Desculpem mas tenho que colocar novamente o que aqui coloquei no dia 8 de Junho de 2007. É que há quem duvide da veracidade do burro escondido.

Juro que é verdade. Juro que não é uma montagem. Esta fotografia foi tirada por mim.
Próximo de minha casa foram construídas, há pouco tempo, seis moradias geminadas. Um dia passei e não queria acreditar. É verdade. Vi exactamente o que estão vendo. A parte para jardim, onde se encontra a entrada da garagem foi transformada nisto. Não há verdes, não há garagem mas temos um poço ( que não é poço), uma nora (que poderá ser uma nora) e um burro (que possivelmente é de plástico). Mal empregada moradia!
Aos engenheiros paisagistas deixo esta sugestão... como exemplo do que de pior se pode fazer a um pouco de terra. Para mais informações contactem-me.
(texto e fotografia de 2007)

Escondido

25 outubro 2008

Continuando com livros

Hoje foi o lançamento do livro “O Ensino Básico vai de mal a pior – uma abordagem pedagógica e científica”. O autor, Carlos Paiva, como é professor, conhece, por dentro, todos os podres do nosso sistema educativo. Apesar de ainda não o ter lido, a apresentação e a leitura da contracapa e do índice, deixaram-me imensamente curiosa. Um livro particularmente interessante para quem está ligado ao ensino mas imensamente útil para quem o não está mas tem interesse em saber o que se passa nas escolas públicas onde andam os seus filhos, netos, sobrinhos,…

Edição e Distribuição - Editorial Minerva.

ATRIUM

Ontem foi o lançamento do nono livro de poesia do meu amigo Arnaldo Silva. Mais uma série de poemas com uma musicalidade linda e, como sempre, feitos com o coração e a alma. Aliás, o Nónó é assim. Sempre fez e continua a fazer tudo com o coração e a alma. E eu delicio o meu coração e a minha alma quando leio, em voz alta, os seus poemas.
Aqui deixo um dos seus novos poemas do seu novo livro Atrium

Diálogo sem demais

…será que era, deveras, um amor
- pergunto-me eu, inquieto… suspeitoso…-
que merecia a tanto preço ser amado?

… e logo se exalta e se ruboriza em mim
o timbre acerbo… - quase agreste…- da resposta
de tão seguro e certo e indubitado:

-“Merecia!... merecia!...
… claro que merecia!...

… era um amor que tudo tinha
para ser tido…
…e partilhado em cada instante…
usufruído para sempre…

… bonito que ele era!...
tanto !... e grande!...

…loucura de nós inebriante
que tão fundo e tão rubra nos pulsava…
…que tão bem
– de tão doce e de tão quente –
nos sabia…

…Era um amor apenas que pecava
por amar – ou ter amado –
assim tão vastamente…
… em tão farta demasia…”

21 outubro 2008

De luto

Jantámos todos juntos sexta-feira. O L. estava, como sempre, bem disposto. Despedi-me dele e da mulher pouco passava da meia noite.
No domingo de manhã o coração traiu-o junto ao portão da sua casa.
Demorei horas a acreditar que o L. já não brincava mais connosco. Já não jantava mais connosco.
Porquê ele? Vai fazer tanta falta a tanta gente. Vai deixar tanta saudade. A lembrança ficará para sempre.

18 outubro 2008

Nicolai Lugansky

Fui hoje a um concerto na Casa da Música. Ouvi o pianista russo Nicolai Lugansky com um programa predominantemente do Romantismo - Leos Janacek, Chopin e Liszt. Com apenas 36 anos, este jovem brindou-nos com um concerto memorável. Por três vezes voltou ao piano por "imposição" dos aplausos.
Lugansky venceu vários concursos internacionais, nomeadamente o Concurso Internacional Bach de Leipzig (1988), o Concurso Sergei Rachmaninov (1990) e o Concurso Internacional de Tchaikovsky (1994), sendo considerado um herdeiro da melhor escola russa de piano.

Aqui sim. Uma pessoa está confortavelmente instalada. As cadeiras da Casa da Música nada têm a ver com as de Serralves (Biblioteca e Auditório) nem com as da Câmara Municipal de Matosinhos.

E, na Casa da Música, a cultura (musical) está ao alcance da maioria das bolsas.

Mobiliário de Arquitectos

Sob esta cúpula fica o Salão Nobre da Câmara Municipal de Matosinhos. Ontem estive aqui na Sessão solene da abertura oficial das aulas da Universidade Sénior Florbela Espanca. Uma cerimónia bonita em que se homenageou o Professor Doutor Nuno Grande, pedra basilar da USFE, e se ouviu uma palestra imperdível do Professor Doutor Salvato Trigo.

Mas não há nada sem “senãos”. Neste caso foram as cadeiras. É impossível estar sentado mais de dez minutos nas cadeiras desta sala. De um desconforto atroz.

Estou inscrita numa comunidade de leitores na Fundação de Serralves. A mesma coisa. Vou desistir porque não aguento estar duas horas, a passar, nas cadeiras da Biblioteca. Inaceitável para uma Fundação que “vende” cultura a preço de ouro.

Por que é que os Arquitectos não se limitam aos imóveis? E mesmo assim, para alguns, já era demais…
A solução talvez fosse obrigar os arquitectos a viver nos imóveis e utilizar os móveis que fazem para os outros. Assim concluiriam, por si, que a beleza não chega. Aquilo que é para usufruir tem que ser cómodo e, nas duas situações referidas, as cadeiras são tudo menos cómodas.

17 outubro 2008

Se houvesse Sol...

... haveria sombras...

14 outubro 2008

Branco no verde

Continuo à espera que a reforma chegue. Entretanto vou planificando aulas, elaborando testes, preenchendo grelhas aos milhares, substituindo colegas, elaborando documentos, assistindo a reuniões e engolindo sapos e mais sapos e mais sapos, ou seja, tenho trabalhado um pouco para os alunos e muitíssimo para a inutilidade a que me obrigam. Tudo isto me tem impedido de vir aqui.
Hoje resolvi tirar uns minutos para mim e vir aqui colocar uma flor. Uma coisa bonita para amenizar a estupidez com que a lei ocupa o meu precioso tempo. Por pouco tempo, espero.

01 outubro 2008

Dia Mundial da Música

Vinte e cinco minutos a pé. Estação do Metro das Sete Bicas. Na estação da Trindade, mudança de metro. Chegada à estação de S. Bento. Ali teve lugar uma das actividades promovidas pela Casa da Música para comemorar o Dia Mundial da Música. À frente da Osquetra Nacional do Porto, estava a maestrina Joana Carneiro. Tocou o primeiro andamento da quinta sinfonia de Beethoven.

Parabéns à Casa da Música pela iniciativa e obrigada a Joana Carneiro por, apesar de ser uma figura de renome internacional, nos ter brindado com uns maravilhosos minutos na Estação de Metro de S. Bento.

(Peço desculpa pela má qualidade das fotografias mas "entalada" entre tanta gente, não consegui melhor. E, assumo, tenho muita dificuldade em prestar atenção a duas coisas ao mesmo tempo e a osquestra era a minha prioridade.)