05 março 2007

Espera

Enquanto criança
Esperou por carinho.
Depois, como jovem
Esperou construir
O seu próprio caminho.

Como jovem mulher
Esperou e ganhou
As filhas queridas
Que, com sacrifícios,
Sozinha criou.

Depois, sem esperar,
Perdeu a companhia.
E roubaram-lhe o prazer
De exercer o seu trabalho
Como sempre fazia.

Depois esperou,
E não foi em vão,
O crescer das filhas
As mulheres responsáveis
E independentes que hoje são.

Espera, sozinha,
A partir de então
A tua chegada.
Quem és tu?
Chegas ou não?

2 comentários:

António disse...

Pronto!
Cheguei, Graça!
ah ah ah

Vim agradecer-te o comentário que fizeste ao meu texto do electricista e da ninfomaníaca.

Beijinhos

GP disse...

ahahah
Manda currículum e foto que se devolvem caso não interesse... É que, com a idade que tenho, já me dou ao luxo de ser exigente...

Beijinhos