Faz hoje 20 anos que morreu Carlos Drummond de Andrade. Aqui fica a minha homenagem nos dados biográficos feitos pelo próprio.
Dados biográficos
Mas que dizer do poeta
Numa prova escolar?
Que ele é meio pateta
E não sabe rimar ?
Que veio de Itabira,
Terra longe e ferrosa ?
E que seu verso vira,
De vez em quando, prosa ?
Que é magro, calvo, sério
(na aparência ) e calado,
com algo de minério
não de todo britado?
Que encontrou no caminho
Uma pedra e, estacando,
Muito riso escarninho
O foi logo cercando?
Que apesar dos pesares
Conserva o bom-humor
Caça nuvens nos ares,
Crê no bem e no amor ?
Mas que dizer do poeta
Numa prova escolar
Em linguagem discreta
Que lhe saiba agradar?
Veja aqui os dados biográficos feitos pelos que o leram, ouviram, viram ou com ele conviveram.
No dia 23 de Março coloquei aqui o poema Ausência que é um dos meus preferidos.
11 comentários:
Coisa linda ver Drummond aqui, nosso poeta querido do Brasil!
fiquei emocionada, não sabia que tb nutria admiração por ele. deixo algo dele aqui para vc,
"Ao contrário do amor, o amor-próprio não acaba nunca."(Carlos Drummond de Andrade
abraços e boa semana!
lb
Pois é... as férias lá se foram.
Beijinho
edna
Claro que admiro o "vosso" poeta qurido. Como tu admiras "os nossos" Fernandos Pessoas. São génios universais.
Não conhecia essa frase dele mas é linda e a pura verdade.
Beijinho e, também, boa semana
estás sumida porque estás de férias? é isso?
espero estar tudo bem!
bjo!
Olá dani(ela)!
É exctamente o oposto. Estou sumida porque estou a trabalhar e tenho tido a minha casa numa confusão. De resto, tudo bem. E contigo?
Este fim de semana espero entrar na minha rotina e ter tempo para partilhar o que vou vendo, fotografando, lendo, escrevendo...
Um óptimo fim de semana
Fez-me sorrir, obrigado.
pa
Obrigada pela visita. É realmente um texto de sorrir...
Até breve
Olá, Graça!
Bonito auto-retrato do Drummond de Andrade, poeta maior!
Beijinhos
É sempre um prazer "ouvir" o Carlos Drummond de Andrade.
Já agora, gostaria de saber se é dele um poema que memorizei à muitos anos e do qual esqueci o autor. Não recordo o título. Reza assim:
Por mais que existam reis e soberanos
Sedentos de luxúria e de grandeza,
Por mais que a habilidade dos humanos
Se iguale à perfeição da natureza,
Por mais que se restrinjam graves danos
E os sonhos dos plebeus e da nobreza,
Por mais que o Homem engendre planos
Para se cobrir de glória e grandeza,
Por mais que a Humanidade combalida
Trabalhe sem parar,
A fim de dar ao Mundo nova Vida,
Em nada há-de existir tamanho brilho
Igual ao brilho santo que há nos olhos
Da mãe que, mansamente, embala o filho....
António
Também acho este auto-retrato soberbo. Não conhecia e encontrei-o nas páginas da net.
Beijinho
mp
O poema que escreves intitula-se Mãe e é do Olavo Bilac. Quando o li achei-o conhecido, e lindo, e vasculhei a minha pasta "escritos". Lá o encontrei na pasta do Olavo Bilac, que tem coisas maravilhosas, algumas já publicadas no meu blog.
Beijinho
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