14 janeiro 2007

O aborto

A maneira como está a decorrer a "campanha" sobre o referendo ao aborto está a ser digna de pena. Digo aborto porque não considero que seja uma interrupção. Uma interrupção pressupõe que algo continue. Aqui tudo acaba.
Um assunto sério como este, que envolve valores, em que estão em causa decisões muito complicadas, está a ter uma campanha indecentemente politizada. Os socialistas já assumem que uma "derrota" do sim penalizará o partido. Que se lixem os partidos! Todos! Não estamos numa luta partidária. Não vamos votar em políticos nem em políticas. Está em jogo um assunto muito sério. Não merecia, da parte dos políticos, este tratamento.
Há quem seja a favor do sim e há quem seja a favor do não. Ambas as posições merecem o meu respeito, apesar de eu ter a minha opinião formada. Mas o que eu vejo é uma luta entre dois grupos: o do sim e o do não que, em vez de defenderem os argumentos em que baseiam a sua posição, se agridem e, como numa luta política, dizem mal dos que não têm a sua posição.
O mal de Portugal é de localização. Se estivessemos um pouquinho mais abaixo, podíamos ser o país mais desenvolvido de África. Assim, ... somos isto...

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