Ai!... amor meu… meu tão novo amor!...
por que haverias de aparecer agora
assim tão fresca e disponível?...
tão donzela amanhecida
e fruto tão maduro e tão perfeito…
… tão presente!...
… por que não haverias de ter chegado
apenas um pouco antes
da curva que eu pressinto avizinhar-se
nos indícios de desenlace e nostalgia?...
… cada vez mais curta na distância
e cada vez mais estreita…
… mais dissidente!...
… vestida de tons lindos de lírios arroxeados
de que também se veste… linda…
… épica e linda!... -…sempre!...
… a noite das almas viúvas… erradias…
sendas palmilhadas de penas e fadários
por entre as sombras que se encontram fugidias
nos encontros penitentes dos regaços enlutados…
… névoas cinzas de rumores a despedida
nunca antes avistadas nas ladeiras a poente…
por que não vieste mais cedo
-apenas um pouco antes-
… meu amor?...
… que me despertas e obrigas
-na denúncia resgatada do meu gosto-
à urgência intempestiva
dos regressos apressados…
Arnaldo Silva
4 comentários:
Mas que bemmmmm
Gostei de ler!
beijinhos
:)))
O amor é sempre lindo!
mdsol
Ainda bem que gostaste. Está aqui porque eu também gosto muito.
Já tenho saudades
beijinhos
mfc
É verdade. O amor é sempre lindo. E o Arnaldo Silva escreve-o muito bem...
beijinhos
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