11 novembro 2008

Destino de nós

Ai!... amor meu… meu tão novo amor!...
por que haverias de aparecer agora
assim tão fresca e disponível?...

tão donzela amanhecida
e fruto tão maduro e tão perfeito…
… tão presente!...

… por que não haverias de ter chegado
apenas um pouco antes
da curva que eu pressinto avizinhar-se
nos indícios de desenlace e nostalgia?...

… cada vez mais curta na distância
e cada vez mais estreita…
… mais dissidente!...

… vestida de tons lindos de lírios arroxeados
de que também se veste… linda…

… épica e linda!... -…sempre!...

… a noite das almas viúvas… erradias…
sendas palmilhadas de penas e fadários
por entre as sombras que se encontram fugidias
nos encontros penitentes dos regaços enlutados…

… névoas cinzas de rumores a despedida
nunca antes avistadas nas ladeiras a poente…

por que não vieste mais cedo
-apenas um pouco antes-
… meu amor?...

… que me despertas e obrigas
-na denúncia resgatada do meu gosto-
à urgência intempestiva
dos regressos apressados…


Arnaldo Silva

4 comentários:

mdsol disse...

Mas que bemmmmm
Gostei de ler!
beijinhos
:)))

mfc disse...

O amor é sempre lindo!

GP disse...

mdsol
Ainda bem que gostaste. Está aqui porque eu também gosto muito.

Já tenho saudades
beijinhos

GP disse...

mfc
É verdade. O amor é sempre lindo. E o Arnaldo Silva escreve-o muito bem...
beijinhos