"Dispomos de todas as possibilidades, da mais absoluta liberdade de escolha. Como num livro, onde cada letra permanece para sempre na página, a nossa consciência tem o direito de decidir o que quer ler e o que prefere deixar de parte." (Richard Bach)
16 dezembro 2006
Arte com flores
As flores colocadas nas janelas e varandas também ajudam a fazer deste prédio da Av. Montaigne, em Paris, uma obra de arte.
Admirar Paris não é apenas um gesto de bom gosto. É, sobretudo, um acto de inteligência. Em Paris, sinto dempre que valeu a pena surgir o Homem na história da evolução. Se Paris não existisse, seguramente o resto não existiria também. Veja-se este poema, dos finais do Século XV, desse poeta parisiense inesquecível que foi François Villon:
Je plains le temps de ma jeunesse, Auquel j'ai plus qu'autre galé, Jusqu'à l'entrée de vieillesse, Qui son partement m'a celé. Il ne s'en est à pied allé, N'a cheval: hélas! comment donc? Soudainement s'en est volé Et ne m'a laissé quelque don.
Allé s'en est, et je demeure Pauvre de sens et de savoir, Triste, failli, plus noire que meure, Qui n'ai ne cens, rente, n'avoir; Des miens le moindre, je dis voir, De me désavouer s'avance, Oubliant naturel devoir Par faute d'un peu de chevance
Escrito em Francês medieval, será um prazer tentar traduzi-lo em francês moderno.
4 comentários:
Que bonito é :)
Que bonito!
Admirar Paris não é apenas um gesto de bom gosto. É, sobretudo, um acto de inteligência. Em Paris, sinto dempre que valeu a pena surgir o Homem na história da evolução. Se Paris não existisse, seguramente o resto não existiria também. Veja-se este poema, dos finais do Século XV, desse poeta parisiense inesquecível que foi François Villon:
Je plains le temps de ma jeunesse,
Auquel j'ai plus qu'autre galé,
Jusqu'à l'entrée de vieillesse,
Qui son partement m'a celé.
Il ne s'en est à pied allé,
N'a cheval: hélas! comment donc?
Soudainement s'en est volé
Et ne m'a laissé quelque don.
Allé s'en est, et je demeure
Pauvre de sens et de savoir,
Triste, failli, plus noire que meure,
Qui n'ai ne cens, rente, n'avoir;
Des miens le moindre, je dis voir,
De me désavouer s'avance,
Oubliant naturel devoir
Par faute d'un peu de chevance
Escrito em Francês medieval, será um prazer tentar traduzi-lo em francês moderno.
Então tenha a bondade de o traduzir
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