Quando eu regressei ao Porto, em 1977, os donos desta casa já não a habitavam. No portão grande trabalhava um sapateiro onde eu me habituei a levar o calçado da família. Passados uns anos, também o sapateiro desapareceu e todas as portas e janelas se fecharam.
Desde então, esta lindíssima casa mantêm-se num abandono que dói, na Avenida Brasil, na Foz do Douro.
4 comentários:
Como eu subscrevo esta tua "indignação"!...
A falta de verbas não justifica nada disto [aqui pelo Marquês é mais do mesmo, embora os edifícios não tenham esta sumptuosidade perdida].
Sabes? É mais circense fazer fogos de artifício e corridas de automóveis antigos, para poluírem o ar já pouco recomendável da cidade!...
Há que entreter o povo com circo!
Se estas casas devereiam ser restauradas e transformadas em lugares de cultura, isso não dá votos!...
A cultura está a tornar-se um "luxo" de uma minoria, já não falo dos coleccionadores, mas das pessoas que ainda apreciam [embora não possam "coleccionar"].
Um país sem uma boa política para a cultura é no que dá... a política para a educação segue-lhe, ou antecipa-lhe os maus passos.
Nestas alturas, não gosto de ser portuguesa, não gosto de ser portuense, nem que mais não fosse, "by heart", porque não nasci na cidade.
[BEIJO]
Com políticos do nível dos que nós temos, que cultura era possível?
Mas custa-me ver estas maravilhas abandonadas.
Beijinho
Como eu conheço esta casa!E os passeios onde tudo era diferente!O MOLHE ,as manhãs de nevoeiro e aquele mar,as rochas e os amores!
vento
Outros tempos, anónimo. Tempos em que esta casa teve vida...
Beijo
Enviar um comentário